sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Empresa cria prótese de joelho com tecnologia sem fio

      RetweetPrótese com tecnologia sem fio já está disponível no Brasil

     O C-Leg é uma prótese de fibra de carbono computadorizada criada pela empresa alemã Otto Bock. Ela possui um sistema inteligente que permite a adequação da prótese às condições naturais humanas de caminhada e corrida. O usuário pode subir rampas, descer escadas e, até saltar.
     A prótese é instalada na perna do paciente com a ajuda de um pequeno aparelho que fica conectado à mesma.
Por meio de bluetooth um computador recebe os dados do paciente, como peso, altura e condições de movimentação. A partir daí a memória do computador devolve as informações para a memória da prótese e diz como ela deve se movimentar. Feito esse ajuste, o usuário já pode começar a se movimentar livremente.
    

O novo joelho é totalmente controlado por sensores e um microprocessador que pensa pelos usuários a cada passo, até para descer escadas, analisando o terreno antes que eles o pise. A leveza e estabilidade do joelho tornam a prótese muito confortável e permite novas possibilidades de movimentação.
     A prótese foi projetada para diminuir o estresse muscular e o gasto energético dos usuários, o que significa uma economia de energia e calorias pelos usuários, aumentando consideravelmente sua qualidade de vida.
Funciona com uma bateria de lítio dentro do eixo do joelho. Ela dura entre 40 e 45 horas. Ela é recarregada em qualquer tomada em três horas. Mas, em caso de falta de energia na residência, também pode ser recarregada no acendedor de cigarro de um carro.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lesão no joelho afasta L. Guerreiro do Cruzeiro por 40 dias




Leandro Guerreiro se machucou na partida diante do Coritiba e deve desfalcar o Cruzeiro por oito rodadas. Foto: Alexandre Loureiro/Vipcomm/Divulgação


O volante Leandro Guerreiro vai desfalcar o Cruzeiro por pelo menos 40 dias devido a uma lesão. De acordo com os médicos do clube, o atleta sofreu rompimento do ligamento colateral medial do joelho direito. Apesar de não precisar passar por cirurgia, ele terá que ser submetido a fisioterapia.
Leandro Guerreiro se machucou no segundo tempo da derrota do Cruzeiro para o Coritiba, por 2 a 1, na última quarta, no Estádio Couto Pereira. A tendência é que ele desfalque a equipe por cerca de oito rodadas do Brasileiro. A previsão de retorno é para o dia 13 de novembro, contra o Inter, em Sete Lagoas.
Pelo menos no duelo contra o Vasco da Gama, no domingo, às 16h (de Brasília), em Sete Lagoas, o técnico Emerson Ávila vai contar com as voltas do volante Charles e do meio-campista Roger, livres de suspensões.
O atacante Ortigoza também fica fora dos gramados pelas próximas três semanas. O exame de ressonância magnética apontou estiramento muscular grau 1 na coxa direita e a previsão de retorno é 20 dias. O paraguaio sofreu a contusão também na última quarta, em Curitiba.
Com a lesão de Ortigoza, o técnico Emerson Ávila deverá optar pela entrada de Bobô, que fez o primeiro gol dele com a camisa do clube no último jogo.

Lesões dos Ligamentos Colaterais dos JoelhosPDFImprimirE-mail
Escrito por  Dr. Luciano Ramires

Ligamentos Colaterais
Estes são encontrados nos lados do Joelho. O ligamento colateral medial (LCM) conecta o fêmur à tíbia. O ligamento colateral lateral (LCL) conecta o fêmur ao osso menor da perna (fíbula). Os ligamentos colaterais controlam os movimentos laterais do joelho.

Descrição
O joelho depende apenas destes ligamentos e da musculatura ao seu redor. Por esse motivo, ele é facilmente lesionado. Qualquer trauma direto sobre o joelho, ou uma mudança de direção brusca, pode lesionar o joelho.

As lesões ligamentares são classificadas em graus, conforme a gravidade.

Grau 1 – O ligamento é levemente danificado. Apenas levemente estirado, mas ainda capaz de manter a estabilidade da articulação.

Grau 2 – estira o ligamento até um ponto em que ele se torna afrouxado. Normalmente ocorre uma ruptura parcial das fibras do ligamento.

Grau 3 – Muito comumente se refere a uma ruptura completa do ligamento. Ele é separado em duas partes, e a articulação se torna instável.

O LCM é mais freqüentemente lesionado do que o LCL. Devido a uma anatomia mais complexa do lado lateral, a lesão do LCL comumente está associada à lesão de outras estruturas da articulação, ao mesmo tempo.

Causas
Lesões dos ligamentos colaterais são usualmente causadas por uma força lateral no joelho. Normalmente são lesões de contato, mas nem sempre.

Ruptura do ligamento colateral medial freqüentemente ocorre como resultado de um trauma direto no lado lateral do joelho. O contrário ocorre com o LCL.

Sintomas
dor ocorre sobre o ligamento afetado, no lado medial quando a lesão for do LCM, ou do lateral nas lesões do LCL.
Edema (inchaço) sobre o lado afetado.
Instabilidade – sensação de falseio.
Exame Médico
Exame físico e história do paciente

Na consulta o importante é saber o mecanismo da lesão, como ela ocorreu. Durante o exame físico, deve-se verificar todas as estruturas do joelho, e comparar com o outro joelho. Muitas lesões ligamentares podem ser diagnosticadas apenas com o exame físico do joelho.

Testes de Imagem
Outros testes que podem ajudar o médico no diagnóstico são:
Raios-X – Embora eles não demonstrem qualquer lesão nos ligamentos colaterais, eles podem mostrar fraturas associadas.
Ressonância Magnética – Este exame mostra melhores imagens dos tecidos moles, como os ligamentos colaterais.

Tratamento
Lesões ao LCM raramente necessitam cirurgia. Se a lesão ocorrer apenas no LCL, o tratamento será similar à lesão do LCM. Mas se a lesão do LCL envolver outras estruturas do joelho, o tratamento terá que visar estas lesões, também.

Tratamento Não-cirúrgico

Gelo – é importante no processo de cicatrização. O ideal é picar o gelo e aplicar diretamente sobre a área afetada por 15 a 20 minutos, com pelo menos 1 hora de intervalo entre as sessões. Os produtos de gel, não devem ser aplicados diretamente sobre a pele, e não são tão efetivos.

Joelheiras – o joelho deve ser protegido do movimento lateral que causou a lesão. Pode, também, ser necessário modificar as atividades diárias para evitar movimentos de risco. Além da joelheira pode ser necessário o uso de muletas para evitar esforço ao caminhar.

Fisioterapia – devem-se realizar exercícios de fortalecimento, para que ocorra a reabilitação da função da articulação, e recuperar a força da musculatura que ajuda a proteger o joelho.

Tratamento Cirúrgico
A maioria das lesões isoladas dos ligamentos colaterais é tratada com sucesso sem cirurgia. Se o ligamento é rompido de maneira que a recuperação não pode ser alcançada ou se há lesão associada de outro ligamento, pode ser necessária a cirurgia para o reparo ligamentar.

Retorno ao Esporte
Após a recuperação da mobilidade da articulação e do caminhar normal, deve-se evoluir para uma recuperação funcional, que envolve uma recuperação muscular.

A recuperação da força entre 80 e 90% da força da perna contralateral, é fundamental para a liberação gradual ao esporte, com corridas e exercícios específicos de cada esporte, antes de retornar à prática esportiva normal.

Fonte: http://tenisshow.clicrbs.com.br/colunistas_det.php?colunista=169

Atrás de Djokovic, Nadal faz "teste de suor" para melhorar hidrataçao




Nadal repete atitude de Djokovic e também recorre à medicina para melhorar rendimento em quadra. Foto: EFE
Nadal repete atitude de Djokovic e também recorre à medicina para melhorar rendimento em quadra

Depois de Novak Djokovic realizar exames que detectaram que ele era alérgico ao glúten, foi a vez de Rafael Nadal recorrer à medicina tentando melhorar o rendimento em quadra. Segundo melhor tenista do mundo na atualidade, o espanhol se submeteu a um "teste de suor" e agora espera pelos resultados que servirão como conselhos sobre as melhores estratégias de reidratação e nutrição antes e no decorrer das partidas.
O exame de Nadal foi realizado na Faculdade de Ciências do Esporte de Toledo e comandado pelo professor Ricardo Moro. Em reportagem publicada nesta terça-feira no diário As, o médico explicou que o tenista se exercitou em condições de bastante calor - similares às que ele encontrou em Córdoba, onde comandou a vitória da Espanha sobre a França no último fim de semana, pela semifinal da Copa Davis.
No laboratório se mediu a capacidade do atleta de dissipar calor por meio do suor e se observou como se elevava a temperatura corporal. Nos próximos dias também serão analisados a composição do suor do jogador e o estado de hidratação inicial antes dos exercícios.
Moro ressaltou que o "calor, caso se acumule nos tecidos corporais, pode chegar a reduzir a potência e o rendimento dos tenistas", lembrando ainda que esses atletas precisam "seguir golpeando a bola com a máxima velocidade depois de três ou quatro horas de jogo".
Nesta temporada, Nadal soma três títulos, incluindo o sexto da carreira em Roland Garros, mas perdeu a liderança do ranking para Djokovic. O sérvio bateu o rival em todas as seis vezes que o enfrentou na temporada e melhorou muito de rendimento desde o fim do ano passado. A evolução coincide com a data em que ele descobriu ser alérgico a glúten, passando a suprimir da dieta alimentos como pão, massa e biscoitos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Alan, ex-Flu, sofre lesão no joelho e desfalca RB Salzburg por seis meses

Atacante se machucou no último domingo e será operado nos próximos dias

alan austria machucado (Foto: Divulgação/Site Oficial)
 
Alan se desespera com dores após lesão do LCA (ligamento cruzado anterior)
 
O atacante Alan, ex-Fluminense, recebeu uma péssima notícia nesta segunda-feira. A lesão que sofreu no empate do RB Salzburg por 0 a 0 com o Rapid Vienna, no último domingo, pelo Campeonato Austríaco, afetou o ligamento cruzado do joelho direito e ele terá de passar por uma cirurgia nos próximos dias. A previsão é de que fique longe dos gramados pelos próximos seis meses.
Aos 22 anos, Alan é um dos destaques do RB Salzburg na atual temporada e foi um dos principais responsáveis pela classificação do clube austríaco à fase de grupos da Liga Europa ao marcar seis gols nos jogos preliminares. O técnico do Salzburg, Ricardo Moniz, lamentou a lesão.
– Quando isso acontece a alguém que se dedica ao futebol por 24 horas, é como se o mundo parasse – disse Moniz, que não irá contratar um outro jogador para a sequência da temporada.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Especialistas explicam como joelhos funcionam e como evitar lesão e dor

Bem Estar desta sexta (15) convidou o ortopedista Gilberto Camanho. Preparador José Rubens D'Elia ensinou exercícios para fortalecer a região.

Do G1, em São Paulo

Ao correr, engordar ou exagerar na carga ou no impacto sobre os joelhos, a maior articulação do corpo humano costuma sentir as consequências.
Para explicar como ela funciona e dar dicas na tentativa de evitar lesões ou dores, o Bem Estar desta sexta-feira (15) convidou o ortopedista Gilberto Camanho e o preparador físico e consultor José Rubens D'Elia, que ensinou exercícios para fortalecer essa região.
Quem trabalha no trânsito ou muito tempo sentado deve ter cuidados especiais. No estúdio, o médico explicou o que acontece quando a cartilagem e ossos como a patela sofrem um desgaste. Camanho disse que as cartilagens são a estrutura mais perfeita de absorção de impacto que existe na natureza. Elas têm o poder de se revitalizar - o que não ocorre com os meniscos, por exemplo -, e isso é algo que diminui com a idade.
Joelhos (Foto: Arte/G1)
É importante treinar o equilíbrio para prevenir lesões, principalmente em idosos, que também são mais suscetíveis à artrite, doença que leva à destruição das articulações e tem influência genética. Entre jovens, os problemas mais comuns são tendinites, bursites e síndrome patelofemoral. Desvios, joelho para dentro (em y) e para fora (cowboy) também ocorrem com frequência.

Nas ruas, a repórter Marina Araújo fez um “raio X” do joelho das pessoas e viu que o salto alto demais pode ser ruim, pois altera o centro de gravidade do corpo, jogando-o para a frente, e obriga a mulher a colocar o joelho para dentro, o que pode comprometer a articulação. Mas, da mesma forma, chinelos e sapatos planos podem ser prejudiciais, porque recebem todo o impacto do solo e predispõem a cartilagem ao desgaste.
Por isso, o tênis é o calçado mais indicado pelos especialistas. Saltos mais baixos ou do tipo anabela também são opções para o público feminino.
O diagnóstico de lesões é feito pelo histórico do paciente, por exames físicos e testes como agachar e levantar. Exercícios de reabilitação normalmente envolvem bolas, aparelhos de ginástica e outras atividades.
O programa desta sexta mostrou, ainda, uma experiência inédita feita com ratos pela Universidade de São Paulo (USP). Os testes trazem evidências de que, nos animais, o exercício físico melhora a capacidade respiratória em 39%.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/04/especialistas-explicam-como-joelhos-funcionam-e-como-evitar-lesao-e-dor.html

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

LESÃO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

Ederson sofre grave lesão no joelho e desfalca

 Lyon por quase três meses

Meia brasileiro teve ruptura total do ligamento cruzado posterior esquerdo

Ederson na partida do Lyon (Foto: Getty Images)
 
Ederson em ação pelo Lyon: até três meses fora
O meia brasileiro Ederson, do Lyon, que sofreu um violento choque com um adversário no sábado, durante um amistoso em Genk, na Bélgica, ficará parado por entre dois e três meses. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo clube francês.
Ederson sofreu ruptura total do ligamento cruzado posterior e deslocamento do joelho esquerdo. Segundo o clube, o "tratamento começará o mais rápido possível e não está prevista cirurgia, com uma recuperação progressiva no prazo de dois a três meses".

   
Ligamento Cruzado Posterior

O joelho é estabilizado por quatro ligamentos principais: 2 ligamentos colaterais (medial e lateral) e 2 ligamentos cruzados - anterior (frente) e posterior (costas). Os ligamentos cruzados originam-se no fêmur (osso da coxa) e de forma intra articular inserem-se na parte superior da tíbia (perna). Cruzam-se entre si no meio da articulação em formato de uma cruz, daí o nome 'cruzado'.
O ligamento cruzado posterior (LCP) tem como função principal impedir a translação posterior da tíbia em relação ao fêmur (conhecida como gaveta posterior). Também ajuda a prevenir a rotação externa da tíbia. Possui origem no côndilo femoral medial e se insere na face posterior da tíbia, cerca de 1 cm abaixo da interlinha articular. É constituído de duas bandas distintas, mas inseparáveis: feixe ântero-lateral, espesso e póstero-medial. O feixe ânetro lateral fica tenso em flexão e relaxado em extensão enquanto o póstero medial é tensionado em extensão e froxo em flexão.
A lesão do LCP leva à instabilidade do joelho, hiperpressão fêmoro patelar sendo evidente com a queda posterior da perna quando o joelho é dobrado a 90 graus. A história natural da insuficiência do LCP, a médio e longo prazo, é de dor, derrame e instabilidade, associados a alterações degenerativas, principalmente no compartimento femorotibial medial e femoropatelar.

Como ocorre a lesão do LCP?

A incidência de lesões do LCP é menor do que a do ligamento cruzado anterior (LCA). Isto deve-se principalmente à maior espessura e resistência do LCP e ao mecanismo de trauma diferente das duas lesões.
A forma mais comum em que o LCP é lesado deve-se ao impacto direto na face anterior da tíbia, geralmente quando o joelho apresenta-se flexionado 90 graus. Isso pode ocorrer em trauma frontal como trauma esportivo ou acidente automobilístico. Os outros dois principais mecanismos de lesão são a queda com o joelho hiper-fletido ou trauma em hiper-extensão associado a varo ou valgo.
A lesão é comumente associada a lesões de outras estruturas no compartimento posterior da articulação do joelho como os cornos posteriores dos meniscos. Além disso, a cartilagem articular também podem ser danificada.
Existem classificações que são importantes para a indicação do tratamento conservador ou cirúrgico. Podem ser classificadas em agudas ou crônicas, isoladas ou combinadas e intersticiais ou com avulsão de fragmento ósseo. Quanto ao grau de instabilidade as lesões do LCP podem ser classificadas em 3 graus sendo o grau III a mais grave. Estas classificação evolui conforme o grau de queda posterior da tíbia em relação ao fêmur quando o joelho está flexionado a 90 graus. Lesão de grau I – translação até 0,5 cm, grau II até 1 cm e grau III acima de 1 cm de translação.

Quadro clínico:

Dor moderada no momento do impacto que pode irradiar-se para o restante do membro inferior. É uma lesão incapacitante do ponto de vista clínico, geralmente impossibilitando a continuação da atividade esportiva e dificultando na marcha. Inchaço (edema) geralmente é observado embora possa ser mínimo. Pode associar-se a hemartrose apesar do LCP ser considerado extra articular e intra sinovial.
Muitas vezes o paciente não busca auxílio médico após o trauma inicial, fato este que dificulta o diagnóstico. As alterações biomecânicas após a lesão do LCP devido a posteriorização da tíbia em relação ao fêmur causam uma sobrecarga da articulação femoro patelar, fato que pode ser o início dos sintomas. Esse sintoma agrava na medida da evolução para a artrose.
A longo prazo observamos atrofia quadriceptal e sintomas de perda da propriocepção. Instabilidade posterior (teste de Lachman inverso) é geralmente observado. Os testes clínicos são feitos através da observação da posteriorização da tíbia em relação ao fêmur geralmente com o joelho fletido. Pode-se obter uma redução dessa posteriorização através da contração ativa do quadríceps.
Ligamento Cruzado Posterior
Ligamento Cruzado Posterior

Diagnóstico por imagem:

Com a evolução das técnicas diagnósticas, além  da avaliação clínica, os exames de imagem colaboram de forma decisiva. Geralmente a lesão do LCP é conseqüência de um trauma.
O Rx inicial geralmente apresenta-se sem alterações sendo mais elucidativo após a instalação da instabilidade crônica. A Ressonância Magnética é capaz de fazer o diagnóstico agudo.

Ligamento Cruzado Posterior

Tratamento para Ligamento Cruzado Posterior:

Uma vez que a lesão foi diagnosticada corretamente existem basicamente duas formas de tratamento:

1. Tratamento Conservador
Esse é indicado na maioria das lesões agudas do LCP e podem consistir inicialmente em aplicar o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação). Técnicas fisioterápicas como eletroterapia, TENS e Ultra-som podem ser utilizados na sequência do processo de reabilitação. Antes do retorno as atividades é necessário um adequado reforço muscular (quadriceptal e isquiotibiais), treino de marcha e treino proprioceptivo (equilíbrio).

2. Tratamento Cirúrgico
Casos associados a avulsão de fragmento ósseo tem indicação cirúrgica absoluta devendo ser realizada com a maior brevidade possível.
Em casos de rupturas intersticiais a indicação deixa de ser a lesão em si e passa a ser os sintomas causados pela lesão. Uma menor proporção de lesões do LCP necessitam de intervenção cirúrgica. No entanto, em casos mais graves, em especial aqueles em que as outras estruturas dentro da articulação do joelho foram lesadas, a cirurgia pode ser recomendada. Quando a posteriorização da tíbia for superior a 15mm a cirurgia aguda pode ser indicada. Esta também está indicada se o tratamento conservador não obtiver bom resultado.
Em geral, aqueles que sofreram uma lesão LCP normalmente tem boa probabilidade de recuperação, a maioria sendo capaz de regressar às suas atividades esportivas no mesmo nível que antes da lesão. No entanto, a recuperação total da lesão do ligamento cruzado é altamente dependente da capacidade de aderir a um rigoroso programa de reabilitação.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

LESÃO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

Após lesão no joelho, Diego Costa é operado com sucesso
Diego Costa fez três gols em vitória do Atlético de Madrid sobre o Osasuna. Foto: EFE 
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O atacante brasileiro Diego Costa, do Atlético de Madrid, foi operado com sucesso nesta quinta-feira após uma ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco interno do joelho direito, informou o site oficial do time da capital espanhola.
O jogador saiu lesionado do treino desta quarta, preparativo para o jogo de ida da eliminatória para a Liga Europa, que será disputado contra o Stromsgodset, da Noruega, no estádio Vicente Calderón, nesta quinta.
Diego Costa deve ficar seis meses longe dos gramados para se recuperar completamente da cirurgia.
 

Como o problema acontece?
O LCA costuma se romper quando a pessoa, em geral durante a prática desportiva, interrompe bruscamente um movimento. Como uma brecada, ela roda repentinamente o corpo ou muda de direção deixando o pé plantado no chão. Com o golpe, o joelho estica esse ligamento além do limite. Daí ocorre a ruptura. Saltar e aterrissar em um só pé também pode causar esse lesão. Na hora, o indivíduo sente e até ouve um estalo forte no joelho. A dor é grande e a articulação incha. Ao ficar de pé sobre a perna machucada, o joelho cede caracterizando a instabilidade.
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Sinais e sintomas
Sinais que você pode ser um candidato para esse procedimento incluem inchaço, dor persistente, bloqueio ou falseio e perda da confiança no seu joelho. Quando outro tratamento, como o uso regular de medicamentos, órteses de joelho ou fisioterapia oferecem mínima ou nenhuma melhora, você pode ser beneficiado pela artroscopia.
Exame Clínico
A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) geralmente ocorre por trauma rotacional. Com o pé apoiado no solo, a rotação se faz no fêmur – para dentro e perna para fora. O paciente refere dor intensa e incapacitante e derrame articular quase que imediato. Associa-se geralmente com estalido audível o qual é característico dessa lesão.
Os testes para frouxidão ligamentar são obrigatórios, lembrando que o índice de lesão meniscal associada a lesão ligamentar é muito comum, variando de 34% a 98% dos casos.
As manobras de Lachman e Gaveta anterior  costumam ser suficientes para, com a história clínica, firmar o diagnóstico das lesões do LCA.
Exames Complementares
A Ressonância Magnética é considerada na literatura internacional como o “padrão-ouro” do diagnóstico por imagem nas lesões do LCA.

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Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo ortopedista através do exame clínico. Existem manobras específicas que facilitam na identificação da lesão assim como na sua localização. Atualmente, o exame de Ressonância Magnética (RM) tornou-se bastante útil não só como método auxiliar para diagnóstico como também para nortear o tratamento, uma vez que permite avaliar o tipo e localização da lesão meniscal e a presença de outras lesões associadas (ligamentos, cartilagem,...).
Os tratamentos existentes
Não pergunte qual é o melhor forma de tratar as rupturas do Ligamento Cruzado Anterior. Vai depender de muitos fatores, dentre os quais a sua idade a extensão do dano e seu estilo de vida. Muito importante de ser levado em consideração é a sua disposição para trabalhar duro na reabilitação, fortalecendo o joelho após a cirurgia.
O tratamento da lesão aguda é sempre conservador. Este é iniciada através do uso de antinflamatórios, relaxantes musculares, gelo, repouso e manutenção do movimento do joelho assim que a dor permitir. Aos essa fase inicial é que devemos nos preocupar com o tratamento definitivo.
Dá para evitar a cirurgia?
Sim, se você decidir abrir mão de esportes que forcem os joelhos e conseguir realizar suas atividades cotidianas (dia a dia). Este definitivamente fica destinado para paciente de mais idade e menos ativos. É realizado por programas de reabilitação cujo objetivo é a estabilização dinâmica da articulação no intuito de não causar mais falseios durante as atividades. O uso de um aparelho ortopédico ( joelheira ) ainda é um assunto controverso.
Decidindo sobre a cirurgia
Seu cirurgião ortopédico analisará os resultados de seus exames e juntamente com você, discutirá se a artroscopia será o melhor método para o tratamento do seu joelho.
Todos os riscos da sua cirurgia serão explicados assim como possíveis complicações pós operatórias.
Preparando-se para a Cirurgia
Se a RLCA foi o método de escolha para o seu tratamento, pode-se pedir a você que faça uma revisão completa com seu médico clínico antes da cirurgia, para avaliar sua saúde e descartar quaisquer condições que poderiam interferir na sua cirurgia (avaliação pré operatória).
Informe ao seu médico ortopédico todas as medicações que você esteja tomando. Você será informado sobre qual medicação você deveria parar de tomar antes da cirurgia.
Exames de sangue e eletrocardiograma, podem ser pedidos pelo cirurgião ortopédico quando necessário.
O momento da cirurgia
Não há vantagem em ser operado imediatamente. Os resultados são comprovadamente melhores quando se espera o joelho desinchar, passando o período inicial de dor. Fisioterapia e exercícios são muito importantes nessa fase para evitar atrofia muscular. Tentativas de suturas (costura) das duas pontas do ligamento rompido não são bem-sucedidas. Geralmente o período aguardado entre a lesão e a cirurgia varia de 4 a 6 semanas, podendo ser maior dependendo das atividades pessoais de cada paciente. É considerada uma cirurgia eletiva (sem urgência). O ideal é não aguardar mais de 3 meses pois nesse período outras estruturas do joelho farão a função estabilizadora da articulação podendo também serem lesadas (meniscos principalmente).
A Reconstrução do LCA (RLCA)
Todas as cirurgias de RLCA devem ser realizadas durante uma internação hospitalar que geralmente dura 48 horas. Uma secretária lhe informará todos os detalhes específicos da sua cirurgia como horário de sua chegada ao hospital e demais dúvidas que persistam.
A RLCA pode ser realizada com anestesia regional ou geral. Mesmo nas anestesias regionais você pode optar por dormir durante a cirurgia. Os anestesistas ajudarão você a determinar qual será a melhor para você. Se você receber anestesia regional, você poderá assistir à cirurgia pela tela da TV, evidentemente se você quiser.
O LCA é reconstruído com um enxerto de um tendão retirado do próprio joelho do paciente. Atualmente temos duas opções de enxerto principais. Uma usando o tendão patelar (que liga a rótula à tíbia). Ele é retirado por meio de cortes mínimos no joelho, com uma pequena porção de osso nas pontas. Então uma perfuração é feita através da tíbia até o fêmur, seguindo o mesmo caminho do ligamento rompido. O enxerto é colocado neste espaço, com os ossos nas pontas sendo ligados ao fêmur e a tíbia, com pinos e parafusos. A outra opção é através da retirada do tendão de dois músculos que passam medialmente no joelho (semitendíneo e grácil). Nessa técnica os tendões também são fixados no osso por pinos e parafusos. A decisão entre as duas técnicas é feita em conjunto pelo médico com o paciente. Há vantagens e desvantagens a serem discutidas.
O procedimento é realizado por vídeo com exceção da retirada do enxerto que necessita de pequenos cortes.
Após a reconstrução, a pessoa precisa fazer fisioterapia por um período de 6 a 8 meses, antes de retornar completamente as atividades normais.
Na conclusão da cirurgia, o cirurgião fecha as incisões, manté um dreno dentro da articulação com o objetivo de não deixar acumular sangue. Esse será mantido por um período de 24 horas.
Você será encaminhado a uma sala de recuperação anestésica. Após recuperar a mobilidade das pernas você estará apto a ir para o seu quarto. O período de internação dura cerca de 48 horas. A fisioterapia deve ser iniciada já durante a internação.
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Sequencia de passos da cirurgia
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Sua Recuperação em Casa
A recuperação da RLCA do joelho é muito criteriosa. É muito importante seguir cuidadosamente as orientações do seu médico após seu retorno para casa.
Cuidados: você sairá do hospital somente com um curativo no seu joelho. Você poderá removê-lo no dia seguinte, mantendo limpo somente com soro fisiológico. Você pode tomar banho, mas deve evitar água diretamente sobre as incisões. Mantenha suas incisões limpas e secas.
Seu médico verá você em seu consultório em alguns dias depois da cirurgia para verificar seu progresso, revisando os achados cirúrgicos e avaliando o programa pós-operatório de reabilitação.
Inchaço (edema): eleve sua perna o máximo possível pelos primeiros dias depois da cirurgia. Aplique gelo 3 a 4 vezes ao dia durante meia hora. Proteja a pele com um tecido fino para que o gelo não queime a sua pele.
Apoio: você está apto a caminhar inicialmente com o auxílio de duas muletas. Essas poderão ser removidas após a primeira reconsulta. Você pode gradualmente começar a colocar seu peso sobre sua perna à medida que seu desconforto permita e assim que você recupere a força do seu joelho. Você está permitido a dirigir assim que suas habilidades lhe permitam.
Exercícios de Fortalecimento do seu Joelho: você deverá exercitar seu joelho regularmente por várias semanas após a cirurgia para fortalecer os músculos de sua perna e joelho. Um fisioterapeuta pode ajudá-lo com o programa de exercícios se o seu médico recomendar.