segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Alan, ex-Flu, sofre lesão no joelho e desfalca RB Salzburg por seis meses

Atacante se machucou no último domingo e será operado nos próximos dias

alan austria machucado (Foto: Divulgação/Site Oficial)
 
Alan se desespera com dores após lesão do LCA (ligamento cruzado anterior)
 
O atacante Alan, ex-Fluminense, recebeu uma péssima notícia nesta segunda-feira. A lesão que sofreu no empate do RB Salzburg por 0 a 0 com o Rapid Vienna, no último domingo, pelo Campeonato Austríaco, afetou o ligamento cruzado do joelho direito e ele terá de passar por uma cirurgia nos próximos dias. A previsão é de que fique longe dos gramados pelos próximos seis meses.
Aos 22 anos, Alan é um dos destaques do RB Salzburg na atual temporada e foi um dos principais responsáveis pela classificação do clube austríaco à fase de grupos da Liga Europa ao marcar seis gols nos jogos preliminares. O técnico do Salzburg, Ricardo Moniz, lamentou a lesão.
– Quando isso acontece a alguém que se dedica ao futebol por 24 horas, é como se o mundo parasse – disse Moniz, que não irá contratar um outro jogador para a sequência da temporada.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Especialistas explicam como joelhos funcionam e como evitar lesão e dor

Bem Estar desta sexta (15) convidou o ortopedista Gilberto Camanho. Preparador José Rubens D'Elia ensinou exercícios para fortalecer a região.

Do G1, em São Paulo

Ao correr, engordar ou exagerar na carga ou no impacto sobre os joelhos, a maior articulação do corpo humano costuma sentir as consequências.
Para explicar como ela funciona e dar dicas na tentativa de evitar lesões ou dores, o Bem Estar desta sexta-feira (15) convidou o ortopedista Gilberto Camanho e o preparador físico e consultor José Rubens D'Elia, que ensinou exercícios para fortalecer essa região.
Quem trabalha no trânsito ou muito tempo sentado deve ter cuidados especiais. No estúdio, o médico explicou o que acontece quando a cartilagem e ossos como a patela sofrem um desgaste. Camanho disse que as cartilagens são a estrutura mais perfeita de absorção de impacto que existe na natureza. Elas têm o poder de se revitalizar - o que não ocorre com os meniscos, por exemplo -, e isso é algo que diminui com a idade.
Joelhos (Foto: Arte/G1)
É importante treinar o equilíbrio para prevenir lesões, principalmente em idosos, que também são mais suscetíveis à artrite, doença que leva à destruição das articulações e tem influência genética. Entre jovens, os problemas mais comuns são tendinites, bursites e síndrome patelofemoral. Desvios, joelho para dentro (em y) e para fora (cowboy) também ocorrem com frequência.

Nas ruas, a repórter Marina Araújo fez um “raio X” do joelho das pessoas e viu que o salto alto demais pode ser ruim, pois altera o centro de gravidade do corpo, jogando-o para a frente, e obriga a mulher a colocar o joelho para dentro, o que pode comprometer a articulação. Mas, da mesma forma, chinelos e sapatos planos podem ser prejudiciais, porque recebem todo o impacto do solo e predispõem a cartilagem ao desgaste.
Por isso, o tênis é o calçado mais indicado pelos especialistas. Saltos mais baixos ou do tipo anabela também são opções para o público feminino.
O diagnóstico de lesões é feito pelo histórico do paciente, por exames físicos e testes como agachar e levantar. Exercícios de reabilitação normalmente envolvem bolas, aparelhos de ginástica e outras atividades.
O programa desta sexta mostrou, ainda, uma experiência inédita feita com ratos pela Universidade de São Paulo (USP). Os testes trazem evidências de que, nos animais, o exercício físico melhora a capacidade respiratória em 39%.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/04/especialistas-explicam-como-joelhos-funcionam-e-como-evitar-lesao-e-dor.html

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

LESÃO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

Ederson sofre grave lesão no joelho e desfalca

 Lyon por quase três meses

Meia brasileiro teve ruptura total do ligamento cruzado posterior esquerdo

Ederson na partida do Lyon (Foto: Getty Images)
 
Ederson em ação pelo Lyon: até três meses fora
O meia brasileiro Ederson, do Lyon, que sofreu um violento choque com um adversário no sábado, durante um amistoso em Genk, na Bélgica, ficará parado por entre dois e três meses. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo clube francês.
Ederson sofreu ruptura total do ligamento cruzado posterior e deslocamento do joelho esquerdo. Segundo o clube, o "tratamento começará o mais rápido possível e não está prevista cirurgia, com uma recuperação progressiva no prazo de dois a três meses".

   
Ligamento Cruzado Posterior

O joelho é estabilizado por quatro ligamentos principais: 2 ligamentos colaterais (medial e lateral) e 2 ligamentos cruzados - anterior (frente) e posterior (costas). Os ligamentos cruzados originam-se no fêmur (osso da coxa) e de forma intra articular inserem-se na parte superior da tíbia (perna). Cruzam-se entre si no meio da articulação em formato de uma cruz, daí o nome 'cruzado'.
O ligamento cruzado posterior (LCP) tem como função principal impedir a translação posterior da tíbia em relação ao fêmur (conhecida como gaveta posterior). Também ajuda a prevenir a rotação externa da tíbia. Possui origem no côndilo femoral medial e se insere na face posterior da tíbia, cerca de 1 cm abaixo da interlinha articular. É constituído de duas bandas distintas, mas inseparáveis: feixe ântero-lateral, espesso e póstero-medial. O feixe ânetro lateral fica tenso em flexão e relaxado em extensão enquanto o póstero medial é tensionado em extensão e froxo em flexão.
A lesão do LCP leva à instabilidade do joelho, hiperpressão fêmoro patelar sendo evidente com a queda posterior da perna quando o joelho é dobrado a 90 graus. A história natural da insuficiência do LCP, a médio e longo prazo, é de dor, derrame e instabilidade, associados a alterações degenerativas, principalmente no compartimento femorotibial medial e femoropatelar.

Como ocorre a lesão do LCP?

A incidência de lesões do LCP é menor do que a do ligamento cruzado anterior (LCA). Isto deve-se principalmente à maior espessura e resistência do LCP e ao mecanismo de trauma diferente das duas lesões.
A forma mais comum em que o LCP é lesado deve-se ao impacto direto na face anterior da tíbia, geralmente quando o joelho apresenta-se flexionado 90 graus. Isso pode ocorrer em trauma frontal como trauma esportivo ou acidente automobilístico. Os outros dois principais mecanismos de lesão são a queda com o joelho hiper-fletido ou trauma em hiper-extensão associado a varo ou valgo.
A lesão é comumente associada a lesões de outras estruturas no compartimento posterior da articulação do joelho como os cornos posteriores dos meniscos. Além disso, a cartilagem articular também podem ser danificada.
Existem classificações que são importantes para a indicação do tratamento conservador ou cirúrgico. Podem ser classificadas em agudas ou crônicas, isoladas ou combinadas e intersticiais ou com avulsão de fragmento ósseo. Quanto ao grau de instabilidade as lesões do LCP podem ser classificadas em 3 graus sendo o grau III a mais grave. Estas classificação evolui conforme o grau de queda posterior da tíbia em relação ao fêmur quando o joelho está flexionado a 90 graus. Lesão de grau I – translação até 0,5 cm, grau II até 1 cm e grau III acima de 1 cm de translação.

Quadro clínico:

Dor moderada no momento do impacto que pode irradiar-se para o restante do membro inferior. É uma lesão incapacitante do ponto de vista clínico, geralmente impossibilitando a continuação da atividade esportiva e dificultando na marcha. Inchaço (edema) geralmente é observado embora possa ser mínimo. Pode associar-se a hemartrose apesar do LCP ser considerado extra articular e intra sinovial.
Muitas vezes o paciente não busca auxílio médico após o trauma inicial, fato este que dificulta o diagnóstico. As alterações biomecânicas após a lesão do LCP devido a posteriorização da tíbia em relação ao fêmur causam uma sobrecarga da articulação femoro patelar, fato que pode ser o início dos sintomas. Esse sintoma agrava na medida da evolução para a artrose.
A longo prazo observamos atrofia quadriceptal e sintomas de perda da propriocepção. Instabilidade posterior (teste de Lachman inverso) é geralmente observado. Os testes clínicos são feitos através da observação da posteriorização da tíbia em relação ao fêmur geralmente com o joelho fletido. Pode-se obter uma redução dessa posteriorização através da contração ativa do quadríceps.
Ligamento Cruzado Posterior
Ligamento Cruzado Posterior

Diagnóstico por imagem:

Com a evolução das técnicas diagnósticas, além  da avaliação clínica, os exames de imagem colaboram de forma decisiva. Geralmente a lesão do LCP é conseqüência de um trauma.
O Rx inicial geralmente apresenta-se sem alterações sendo mais elucidativo após a instalação da instabilidade crônica. A Ressonância Magnética é capaz de fazer o diagnóstico agudo.

Ligamento Cruzado Posterior

Tratamento para Ligamento Cruzado Posterior:

Uma vez que a lesão foi diagnosticada corretamente existem basicamente duas formas de tratamento:

1. Tratamento Conservador
Esse é indicado na maioria das lesões agudas do LCP e podem consistir inicialmente em aplicar o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação). Técnicas fisioterápicas como eletroterapia, TENS e Ultra-som podem ser utilizados na sequência do processo de reabilitação. Antes do retorno as atividades é necessário um adequado reforço muscular (quadriceptal e isquiotibiais), treino de marcha e treino proprioceptivo (equilíbrio).

2. Tratamento Cirúrgico
Casos associados a avulsão de fragmento ósseo tem indicação cirúrgica absoluta devendo ser realizada com a maior brevidade possível.
Em casos de rupturas intersticiais a indicação deixa de ser a lesão em si e passa a ser os sintomas causados pela lesão. Uma menor proporção de lesões do LCP necessitam de intervenção cirúrgica. No entanto, em casos mais graves, em especial aqueles em que as outras estruturas dentro da articulação do joelho foram lesadas, a cirurgia pode ser recomendada. Quando a posteriorização da tíbia for superior a 15mm a cirurgia aguda pode ser indicada. Esta também está indicada se o tratamento conservador não obtiver bom resultado.
Em geral, aqueles que sofreram uma lesão LCP normalmente tem boa probabilidade de recuperação, a maioria sendo capaz de regressar às suas atividades esportivas no mesmo nível que antes da lesão. No entanto, a recuperação total da lesão do ligamento cruzado é altamente dependente da capacidade de aderir a um rigoroso programa de reabilitação.